O vídeo trata
de uma das grandes discussões já travadas pela humanidade: a centralidade do
universo. Quem está no centro? A Terra ou Sol? Mais especificamente podemos
verificar que o vídeo trata deste tema partindo da explicação histórica e
técnica daquilo que chamamos de heliocentrismo, ou seja, a crença de que o
astro estrela Sol está no centro do Universo.
O vídeo começa
com o seu apresentador colocando o significado do termo helicentrismo e a sua
etimologia que tem a sua origem na Grécia que, em cuja mitologia Helios representava o deus Sol. Porém,
logo em seguida afirma que o que, de fato predominou como ideia dominante, até
os tempos modernos da história mundial, foi o Geocentrismo, um conjunto de
ideias que dariam suporte à crença de que a Terra era o centro de um Universo
visto à época como bem menor do que aquilo que hoje sabemos que ele é. A origem
do nome também faz uma recorrência à mitologia grega onde Gea significava
Terra.
A favor do
Geocentrismo existiria a lógica sensorial mais imediata: ver o céu, com seus
astros todos, incluindo o Sol, em movimento ao redor de nós, parecia satisfazer
toda a resposta. O modelo teoria mais bem acabado que dava suporte aos
defensores do Geocentrismo fora desenvolvido pelo astrônomo e matemático grego do
século II, Cláudio Ptolomeu (90-168).
O geocentrismo
(Terra no centro do univeros), também era Geoestatismo (Terra parada) e
considerava os planetas transladando ao redor da Terra em movimento uniformes e
circulares. Então, pensava-se anteriormente que os planetas transladavam com
velocidade constante e em órbitas circulares o que, sabemos que hoje isso não
ocorre: a velocidade é variável e as órbitas possuem formas elípticas.
Utilizando-se
de sua habilidade matemática Ptolomeu queria explicar em linguagem numérica
fenômenos difíceis de ser compreendidos como o movimento de “laçadas” que
certos planetas (Marte, por exemplo) descreviam no céu. Isto é: alguns planetas
interrompiam sua evolução no céu ao mudarem de sentido (movimento retrógrado) para
novamente retomar o sentido anterior.
Utilizou ele,
então, 3 conceitos matemáticos mostrados no filme: epiciclos, deferente e equante. O epiciclo designa um círculo menor que,
por sua vez, realizava um movimento circular em torno de um círculo maior, o deferente,
cujo centro era a Terra. Estes dois movimentos combinados dão origem a uma
curva particular: a epiciclóide (outro conceito matemático). Quanto ao equante,
ao redor dele, e não do centro geométrico (centro de deferente), que giram os
epiciclos.
A ideia heliocêntrica praticamente coexistia
com a geocêntria, porém, não tinha o mesmo poder de convencimento. Somente após
os trabalhos de Copérnico (1473-1543) é que o heliocentrismo começará a sua
conquista sobre o geocentrismo até que, em finais do século XVI somente tal
conquista se mostrou vigorosa e clara. Copérnico buscou resolver os problemas
matemáticos do modelo geocêntrico com novas argumentações matemáticas simples simplesmente
dando ao Sol atribuições paridas à que a Terra antes teria. Sendo assim, sem
querer, disparou o gatilho de uma Revolução Científica. Porém, em seu modelo, o
arcaico ainda prevalecia: movimentos uniformes, circulares com universo finito
e estrelas em uma esfera fixa.
A consolidação do heliocentrismo viria mais
tarde com Ticho Brahe (1546-1601), Galileu (1564 - 1642) e Kepler (1571-1630),
porém, não sem a forte resistência do pensamento conservador que tinha à frente
a Igreja Católica de Roma.
Hoje, a base das explicações científica do
Universo, é a Teoria do Big Bang que, nega a existir apenas um centro para o
Universo, mas sim vários, como já fora comprovado por meio de observações
telescópica onde encontrou-se diversos outros “sistemas solares”. Tudo isso já
era colocado de maneira idealista (sem comprovação material, científica) pelo
teólogo dominicano Giordano Bruno (1548 - 1600) condenado à morte na fogueira
pela Inquisição romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do
Santo Ofício) por este flagrante heresia aos olhos da representante oficial da
cristandade.
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